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domingo, 9 de setembro de 2007
  Atitude
Mudança de Atitude
parte I
Rsoemar Prota


Para uma mudança de atitude eficaz, ou seja, que perdure, são necessários alguns quesitos. Primeiro, que as mudanças sejam feitas a partir da motivação interna, ou seja, de metas e objetivos traçados por mim que me levem a tomada de atitude da mudança.

Quando nos voltamos internamente para a partir deste movimento compreendermos os eventos externos estamos mais aptos a mudanças duradouras e consistentes, mudanças que ocorrem de dentro para fora, ou seja, partem de mim e influenciam o meio social em que vivo.

Toda mudança positiva não deixa de levar em conta que devemos cuidar de nós, do nosso grupo familiar e de amigos e do planeta como um todo, isto é responsabilidade social.

Qual a missão de cada um de nós neste planeta? Quais os nossos grandes desafios? O processo de identificação e avaliação de nossas metas de vida é contínuo e dinâmico, é o próprio processo de viver.

Para vencer grandes desafios, de novo, são necessários alguns quesitos. Primeiro, que tenhamos objetivos claros, metas claras, foco. A partir daí, a decisão de superar os grandes desafios é fundamental para que realmente os superemos, um ato de dúvida aí pode ser desastroso.

Lembremos de Ulisses, personagem principal da Odisséia, de Homero, quando, em meio à tempestade sabia que seria tentado pelas sereias com seu canto sedutor e hipnotizador e que sua tripulação, assim encantada, seria levada à morte. O que ele fez? Cuidou de sua tripulação instruindo-lhes a tampar os ouvidos com cera e cuidou de si mesmo instruindo aos homens que o amarrassem firmemente ao mastro do navio, e que não o soltassem em hipótese alguma. Assim, Ulisses, com sua clareza e foco superou este grande desafio do encantamento, que já havia levado tantos navios ao naufrágio de encontro às rochas. Se ele houvesse titubeado ou demonstrado insegurança, sua tripulação provavelmente também ficaria insegura e neste caso talvez não conseguisse ser mais forte do que o desafio de resistir à tentação do canto das sereias.
 
  Atitude
Mudança de Atitude – parte II

Rosemar Prota

O apoio que recebemos para seguirmos em frente em nossas decisões e escolhas varia de acordo com diversos aspectos. Um destes aspectos é o nível de auto-confiança e perseverança que demonstramos através de nossas palavras e ações. Quanto mais coerência entre nossas palavras e ações e nossos objetivos e metas, mais apoio recebemos daqueles que têm afinidades com nossos ideais.

Mas como chegamos a este nível de correlação entre palavras e atitudes e nossos focos e objetivos? O primeiro passo é darmos um tempo. O tempo é o mais sábio fiel da balança. É preciso testarmos primeiro para depois então chegarmos à certeza de que nosso objetivo é de fato pertinente e sintonizado com nossa vida. Reconhecer que erramos e então voltarmos atrás é muito salutar, quanto antes fazemos isto, mais rápido podemos ir em busca de nossos verdadeiros objetivos e metas.

Assistindo ao Vídeo “Quem Mecheu no Meu Queijo” pude ver claramente como é importante termos a agilidade e desprendimento necessários para partirmos em busca de novos horizontes quando chega este momento. Ficarmos estagnados em velhos padrões de vida nos torna aos poucos pessoas isoladas e inconscientes dos efeitos de nossas atitudes a nossa volta.

Voltemos agora à questão do apoio a nossas metas. Há diversos tipos de apoio, vou falar de dois: o apoio paternalista e o apoio através do empoderamento. O apoio paternalista é aquele que damos às crianças pequenas, incapazes por seu estágio de desenvolvimneto físico de serem independentes. Assim, quando o bebê estica a mãozinha eu pego o brinquedo em cima do armário e dou a ele. Pois bem, nesta fase estabelece-se uma ligação simbiótica entre a mãe e a criança, pois esta depende daquela para sobreviver.

Mas e os segundo tipo de apoio? O apoio com base no empoderamento? Este está mais ligado à noção de propiciar a um semelhante a possibilidade de apreensão de sua humanidade e cidadania. O médico Dráuzio Varella é um exemplo de quem sempre apóia as pessoas por meio de empoderá-las, ou seja, torná-las conscientes de suas próprias capacidades, potencialidades, possibilidades. Lembram-se do trabalho que ele fez no Carandiru com os presos? E no Amazonas com as famílias de gestantes? Pois é, é isto.

Como pessoas adultas, por mais que nos seja mais confortável recebermos o apoio paternalista, não é deste que precisamos, pois este nos deixaria dependentes e subjugados a uma condição de limitações. O apoio de que um adulto realmente pode se beneficiar é aquele que vem de seus pares, em uma parceria entre companheiros, como no livro Fernão Capelo Gaivota. Neste livro, Fernão, a gaivota, encontra gaivotas que o amparam em seus pensamentos e ações de conquista da liberdade, de alçar vôos livres pelo céu, em um processo de auto-conhecimento.
 
Psicóloga Rosemar Prota, CRP 06/66915, formada e mestre em Psicologia Clínica pela USP. Consultório Metrô Trianon-MASP, SP. Site de EAD www.cursosonline.ensinar.org E-mail para contato: rprota@usp.br

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